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Câmara lamenta adeus a coautor da Lei Orgânica de Itabuna

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José Eduardo, conhecido como O vento levou, foi vereador logo após redemocratização do Brasil

Com pesar, a Câmara de Itabuna lamenta a despedida ao ex-vereador José Eduardo Simões de Almeida, que exerceu mandato entre 1989 e 1992 a primeira legislatura após a redemocratização do Brasil. Ele faleceu e foi sepultado nesta quinta-feira (13), após dias internado no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.

“O vento levou”, como era mais conhecido, participou da construção de dois instrumentos legais de fundamentais. Um deles é a Lei Orgânica do Município de Itabuna (LOMI), considerada a verdadeira Constituição em âmbito local. A outra é o Regimento Interno até hoje vigente na Câmara. Tal instrumento, inclusive, é parâmetro a demarcar os direitos e deveres de todo vereador.

Segundo a advogada Margareth Brandão, secretária parlamentar da Casa, José Eduardo foi o primeiro sindicalista do transporte rodoviário a ocupar uma vaga no legislativo de Itabuna. Por isso, tinha como bandeira a defesa dessa categoria profissional. Em termos de reduto eleitoral, a região do Califórnia, bairro onde morou até o fim da vida.

“Era uma pessoa tranquila; ele assumiu o mandato logo depois da promulgação da Constituição Federal de 1988. Foi um vereador constituinte”, definiu, citando o papel daqueles que apreciam uma matéria antes da chegada ao plenário para votação dos pares.

O pesar aqui exposto envolve o presidente da Câmara, Erasmo Ávila (PSD), o primeiro-secretário, Israel Cardoso (PMN), assim como todo o corpo de vereadores e servidores da Câmara. Cientes dos desafios de legislar em uma das maiores cidades da Bahia, eles reconhecem o papel daquele que subscreveu leis cruciais para o passado, presente e futuro da população itabunense.

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